sexta-feira, 13 de agosto de 2010

APRENDENDO NAS QUEDAS!

"Por que será que nos lamentamos tanto quando nos decepcionamos, perdemos e erramos?
O mundo não acaba quando nos enganamos. Ele muda, talvez, de direção.
Mas precisamos tirar partido dos nossos erros.
Por que tudo teria que ser correto, coerente, sem falhas?
As quedas fazem parte da vida e do nosso aprendizado.
Que dói, dói. Ah! Isso não posso negar! Dói no orgulho, principalmente.
E quanto mais gente envolvida, mais nosso orgulho dói.
Portanto, o humilhante não é cair, mas permanecer no chão enquanto a vida continua seu curso.
O problema é que julgamos o mundo segundo nossa própria maneira de olhar e nos esquecemos que existem milhões e milhões de olhares diferentes do nosso.
Mas não está obrigatoriamente errado quem pensa diferente da gente só porque pensa diferente.
E nem obrigatoriamente certo.
Todo mundo é livre de ver e tirar suas próprias conclusões sobre a vida e sobre o mundo.
Às vezes acertamos, outras erramos. E somos normais assim.
Então, numa discussão, numa briga, Pare um segundo e pense: "e se eu estiver errado (a)?"
É uma possibilidade na qual raramente queremos pensar.
Nosso "eu" nos cega muitas vezes.
Nosso ciúme, nosso orgulho e até, por que não, nosso amor.
Não vemos o lado do outro e nem queremos ver.
E somos assim, muitas vezes injustos (as) tanto com o outro quanto com a gente mesmo, já que nos recusamos a oportunidade de aprender alguma coisa com alguém.
E é por que tanta gente se mantém nessa posição que existem desavenças, guerras, separações.
Ninguém cede e as pessoas acabam ficando sozinhas.
E de que adianta ter sempre razão, saber de tudo, se no fim o que nos resta é a solidão? Vida é partilha.
E não há partilha sem humildade, sem generosidade, sem amor no coração.
Se fecharmos nossa alma e nosso coração, nada vai entrar.
E será que conseguiremos nos bastar a nós mesmos? Eu duvido.
Não andamos em cordas bambas o tempo todo, mas às vezes é o único meio de atravessar.
Nunca duvide do seu poder de sobrevivência! Se você duvida, cai.
A Bíblia afirma que o apóstolo Pedro, enquanto acreditou, andou sobre o mar, mas começou a afundar quando sentiu medo.
Ninguém nos prometeu dias sem Dor, Risos sem Sofrimentos; Sol sem Chuva.
A Fé é a Força para o Dia, o conforto para as Lágrimas e Luz para o Caminho."
 
... Recebi esse texto por email e infelizmente não havia o nome do autor. Achei tão sábio e que resolvi postá-lo, pois essas palavras descrevem exatamente o que eu queria dizer à vocês,  Amores e Leitores!
 
Beijos,
 
Alê Gomiero

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sobre amigas e cura...

Era julho de 2008 e naquela noite as sombras se tornaram mais escuras por assim dizer. Despedi-me de meu pai justamente da maneira como nunca pensei que seria capaz: vi seu último suspiro espalhar-se pelo ar e juntar-se a toda a atmosfera, primeiro do hospital e suas dores, depois da cidade e seu caos e em seguida do universo e suas cores. Observar seu corpo sem vida foi menos doloroso do que eu imaginei que seria, mas ainda sim fui acometida por uma apatia profundíssima, e sequer fui capaz de chorar nas horas que se seguiram. Os papéis, a família, os amores, os amigos, as flores, os sons, os silêncios, os olhos marejados, os abraços e as palavras tomaram conta do imenso vazio que me preenchia naquele momento. E assim as horas foram passando até que, enquanto olhava para as pedras do chão, vi no começo da rampa do velório despontar a figura de uma velha amiga, que vinha com uma sacola de plástico nas mãos com alguns biscoitos e sucos. Aquela cena me lembrou dos nossos ensaios na adolescência que duravam o dia todo e dos encontros que tínhamos na escola para prepararmos alguma festa ou alguma peça. Sempre levávamos lanches e ela, em especial, levava um lanche de frango que sempre vinha na sacola de plástico branca. Exatamente como aquela que estava trazendo, quase dez anos depois, ao velório do meu pai. Aquela cena me trouxe de volta a vida, porque de alguma forma consegui me sentir de novo depois daquelas horas de vazio profundíssimo. E a partir daquele momento comecei a enxergar de fato todos os amigos que estavam ali presentes, todo o Amor e a Compaixão que me envolviam, porque quando não sabemos o que dizer, normalmente expressamos com muito mais eficácia o Amor ou qualquer sentimento. E ali começou um processo de cura para mim, porque a superação da morte de um ente querido é um processo longo e dolorido, mas fica muito mais fácil quando começa. O problema é ele não começar.

Esta semana recebi um e-mail de outra grande amiga falando de “amigas que curam”, e este e-mail descrevia um estudo realizado no Canadá falando que a amizade entre mulheres não só ajuda na auto-estima ou no reforço da identidade da mulher, como também é decisivo na recuperação de traumas e perdas, e tudo embasado em questões hormonais que não ocorrem entre os machos de nossa espécie. Achei belíssimo o e-mail e fiquei feliz de saber que existem pessoas ocupadas em pesquisar sutilezas tão importantes para nós quanto a qualidade do ar que respiramos. Mas quer saber? Pouco importa se este estudo é verdade ou não, o importante de tudo isso é que esta amiga da sacola branca é uma das cinco estrelas que tenho no peito e uma das que forma esta constelação que é este blog. E como hoje é seu aniversário, resolvi postar esta homenagem, porque um dia seu gesto mais simples foi capaz de me acordar de um torpor profundo e me fez muito bem, e o eco desse bem reverbera em mim até hoje.

Que todo o bem retorne pra você, Ka!

Parabéns pelo seu aniversário e por ser esta pessoa linda por todos os lados!



Namastê



Dani Ferrari