quinta-feira, 22 de julho de 2010

Dias Mais Longos

Desde segunda-feira tenho percebido que os dias estão mais longos, com o sol ainda batendo à minha janela em plena 6 horas da tarde. Porque desde o outono percebia que o dia não chegava mais ao final, terminava antes. E aquilo me dava uma tristeza tão grande... tristeza não, um vazio mesmo, como se os dias dentro de mim também estivessem ficando mais curtos, mais corridos, menos divertidos.


Agora, em pleno inverno de um mês de julho, observo os dias maiores e sinto em mim um pouco mais de luz em meio aos afazeres do dia a dia. Lembro que quando era pequena achava os dias intermináveis, nunca dava tempo de preencher toda aquela luz com as brincadeiras, estudos, desenhos nas nuvens, conversas, risadas, diários, papéis de carta, figurinhas e diversão, muita diversão! Lembro que até os 10 anos, quando fiquei mocinha e pude assistir ao comecinho do Fantástico naquele domingo fatídico, ia dormir todos os dias as 8 da noite, exausta! Depois que cresci, durante um bom tempo, achei os dias escuros demais para fazer qualquer coisa que não fosse trabalhar e pagar contas.


E hoje neste inverno mágico e intrigante acho tempo de sobra para trabalhar, pagar as contas, brincar, estudar, conversar, dar risadas e me divertir muito com tudo isso! Na verdade acho que acabei de perceber uma coisa: só estou me divertindo com o que tenho para fazer exatamente como fazia quando era criança... Por que a gente complica as coisas, né?


Bom, que possamos sempre nos divertir com os nossos dias, sejam eles curtos, longos, frios, quentes, chuvosos ou secos.


Namastê!


Dani Ferrari

Malandragem

Já passava das 20:00hs de ontem quando eu e o Paulo (meu amado namorado) voltávamos do curso de inglês. Em Julho, período de férias escolares, as ruas parecem ficar mais vazias, mas a linda noite em quarto crescente convidava para uma caminhada a dois.

Descendo pelas ruas do bairro da Vila Mariana, nos despedimos em uma das esquinas sob a recomendação de todas as noites em que nos vemos: “Amor, vai com cuidado e assim que chegar em casa me ligue ok?”.

Ele seguiu para sua casa e eu segui para minha, na região da Vila Olímpia.
Descendo a pé, avistei 02 meninos em uma esquina, parados e encostados no poste que indica os nomes das ruas Pedro de Toledo e Otonis. Me mediram, cochicharam e pensei comigo: “Xi, boa coisa não é... Ow Ale, olhe o preconceito, são dois meninos, que horror! Esse mundo está perdido mesmo, desconfiamos da própria sombra e as vezes à toa!
Continuei caminhando cantando em voz alta, rsrs, comecei por Samurai do Djavan, e depois Malandragem da Cássia Eller. Cantar enquanto ando é um hábito meu, até porque assim, parecendo que estou falando sozinha, rsrs, é bem como o ditado diz: "Quem canta os males espanta!"

Ao chegar na Avenida Ibirapuera, próximo ao Parque das bicicletas (região inclusive pouco iluminada) os 02 meninos me abordam correndo: “Entrega a bolsa!” e eu “Mas eu não tenho nada, o que vocês querem? Comida? Dinheiro?” “A bolsa dona, dá a bolsa senão nóis te fura!” Já ofegante, ainda assim tentei negociar, mas um deles encostou um objeto em mim que não sabia ser verdadeiro ou não, nem quis pagar para ver. Entreguei a mochila, onde havia apenas (acreditem se quiser) meu material do curso de inglês, meu bilhete único de estudante e meu RG.

Ao ver os dois correndo com a minha mochila na mão, como num golpe de coragem e de indignação, me pus a correr atrás deles gritando por toda Avenida Ibirapuera: “Polícia, polícia, policiaaaaaaaaa!! Parem esses dois, eles levaram minha mochila, policiaaaaaaaa!!”
Não sei se pelo baixo movimento ou se pela força da minha voz, ecoava pelo bairro inteiro meu clamor!

Foi então que aconteceu algo que me deixou muito, mas muito surpreendida – um rapaz, cidadão comum que seguia para sua casa depois de um dia de trabalho parou ou meninos, pegou minha mochila e o revólver de plástico que estava com eles. Cheguei segundos depois, juntamente com 02 carros de mais 02 cidadãos comuns que encostaram seus carros no meio fio para me ajudarem. O rapaz que os abordou primeiro ao me ver perguntou: “É sua essa mochila?” e prontamente respondi “Sim, eles me abordaram lá na frente do parque das bicicletas.”

Com a maior cara de pau, negaram o tempo todo ter tomado a mochila de mim, afirmando que um homem havia deixado cair no chão, por isso pegaram. Eu olhei bem na cara deles e disse: “Vão estudaaar, vão pra escola, pra ser alguém tem que estudar!!”

Tomados de raiva, os rapazes acuaram os meninos contra o muro, cutucaram, deram tapas na cara dos meninos, joelhadas na bunda deles, um deles tentando me acalmar me deu seu cartão dizendo ser advogado caso eu precisasse de algo.
Fizeram um mutirão gritando para que a viatura de polícia que passava parasse e eu fizesse a ocorrência.
A essa altura, juro mesmo, não sabia mais se eu sentia raiva ou dó dos meninos...
Eles não conseguiram levar nada, fui mais rápida. Acho que participar de maratonas me ajudou a correr tanto!
O Policial então deixou que eu escolhesse o que fazer: liberar os meninos ou ir até a delegacia e registrar a ocorrência, sob a ressalva:

“Sinceramente Dona Alessandra, são menores, não utilizaremos de violência com eles e eles não conseguiram efetivamente furtar a senhora. Não vai dar em nada.”

Deprimente. Indignante. Respirando fundo e devagar fui recuperando o estado normal. Policial me ofereceu carona ate a minha casa, mas recusei. Agradeci, atravessei a rua, entrei no primeiro ônibus que vi e fui embora com a minha mochila.

Lamentável vivenciar o que já percebemos há muito tempo, nosso mundo está doente… Que mundo estamos deixando para nossas crianças? Que crianças estamos deixando para o mundo? Que raio de problema social é esse que parece não ter solução?
EDUCAÇÃO é o nome dessa solução E-DU-CA-ÇÃO!

E de verdade? Termino aqui o meu B.O cantando de onde parei a música que eu estava cantando antes de tudo isso acontecer, desejando de coração que o destino desses meninos seja melhor.

Abraços fortes,

Alê Gomiero

“Eu só peço a Deus um pouco de Malandragem, pois sou criança e não conheço a verdade, eu sou o poeta e não aprendi a amar. Quem sabe ainda sou uma garotinha…”

terça-feira, 20 de julho de 2010

20 de Julho - Dia do Amigo!

Bom dia amores e leitores,

Hoje é o Dia do Amigo!

Adotado em Buenos Aires pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro inspirado na chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, por considerar a conquista não somente uma vitória científica, como também uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo.

Assim, durante um ano, O argentino divulgou O lema "meu amigo é meu mestre, meu discípulo e meu companheiro" e gradualmente foi adotado em outras partes do mundo. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).

Ai... sinto que há tanta coisa para escrever para amigas como vocês… nem sei por onde começo, rsrs!

Acho que um bom começo é dizer OBRIGADA, por me escolherem, por me chamarem de AMIGA!

Em meio a uma época louca, onde tudo é pra ontem, as relações se virtualizaram, as opiniões se enrijeceram, e a razão nos domina como é bom sentir que ainda há ternura, carinho, amor, diversão entre a gente.
Já vivemos tantas coisas, das mais intensas à mais comuns, dos momentos em que estivemos distantes umas das outras aos que estivemos mais próximas, é assim… é vida que segue…
Dividimos e somamos tantos sonhos, desejos, ora concordando umas com as outras, numa espécie de sintonia indescritível, ora discordando totalmente, parcialmente, discutindo ou calando também.
Somos a família que escolhemos, com os defeitos e qualidades que cada uma de nós tem, é tão lindo! Não precisa mudar…
Esse argentino tem razão, às vocês minhas amigas, mestres, discípulas, companheiras, um abraço bem forte, daqueles que nos tira o ar e ao buscá-lo de novo, escorre dos nossos olhos o sentimento materializado seguido de uma risada forte e muito gostosa!

Vocês são Lindas!! AMO VOCÊS!! Muito obrigada!!

Muitos Abraços apertados, com Amor,

Alê Gomiero





É Tão Lindo

A Turma do Balão Mágico

Composição: Al Kasha/Joel Hirschhorn/Edgard Poças

Se tem bigodes de foca

Nariz de tamanduá

-Parece meio estranho, hein!

-Rum!

Também um bico de pato

E um jeitão de sabiá...

Mas se é amigo

Não precisa mudar

É tão lindo

Deixa assim como está

E eu adoro, adoro

Difícil é a gente explicar

Que é tão lindo...

Se tem bigodes de foca

Nariz de tamanduá

-E orelhas de camelo, né tio?

-É!

Mas se é amigo de fato

A gente deixa como ele está...

É tão lindo!

Não precisa mudar

É tão lindo!

É tão bom se gostar

E eu adoro!

É claro!

Bom mesmo é a gente encontrar

Um bom amigo...

São os sonhos verdadeiros

Quando existe amor

Somos grandes companheiros

Os três mosqueteiros

Como eu vi no filme...

É tão lindo!

Não precisa mudar

É tão lindo!

Deixa assim como está

E eu adoro e agora

Eu quero poder lhe falar

Dessa amizade que nasceu

Você e eu!

Nós e você!

Vocês e eu!

E é tão lindo!...

-Tio!

-Heim!

-É legal ter um amigo, né?

-É maravilhoso

Mesmo que ele tenha

Bigodes de foca

E até um nariz de tamanduá

-E orelhas de camelo tio, lembra?

-Orelhas de camelo?

-É tio!

-É mesmo, orelhas de camelo!

Mas é um amigo, não é?

-É!

-Então não se deve mudar!