quarta-feira, 7 de julho de 2010

O que fazer com uma noite mal dormida?


Sabe aquela noite, em que todos os maus pensamentos invadem sua cabeça na madrugada e você precisa descansar para estar bem no dia seguinte?

Sim, tive ontem uma noite dessas. Inútil aparentemente. E porque aparentemente? Porque tudo é possível de se entender quando realmente temos disposição para tanto. Não sou feita só de pensamentos bons e boas ações, e não é fácil reconhecer isso. Vira e mexe me deparo com isso, como se algo estivesse remexendo dentro de mim.

Por isso considero aparentemente inútil. Inútil porque maus pensamentos me fazem gastar uma energia absolutamente improdutiva, estagnam, paralizam, rotulam as pessoas ao meu redor. Aparentemente porque ao perceber e aceitar o que realmente sinto, independentemente do que seja, produzo autoconhecimento. É um movimento constante em nossa existência. Ao entrar em contato comigo posso guiar melhor as atitudes, mudar a direção sempre que quiser e que achar necessário, manter o que me faz bem e evoluir a cada dia como Ser Humano.

Ah, e não necessariamente nessa ordem, já que o autoconhecimento também pode produzir noites mal dormidas, aparentemente. Ok: Não é necessário ter 30 anos para buscar a si mesmo, basta escolher fazê-lo. E pedir ajuda não é sinal de fraqueza, e sim de força interior.

Quer tentar? Experimente eliminar a palavra culpa do seu vocabulário e use RESPONSABILIDADE. Soa mais forte, mais inspirador não acha? Chame para si a sua busca e ao digerir os fatos procure fazê-lo em silêncio. Sair falando para todo mundo é como brincar de telefone sem fio, a informação se perde no caminho, você não entende o que te passaram e passa adiante o que não entendeu.

Invista sua energia no que realmente sentir que vale a pena, faça a vida andar para frente!

Minha noite mal dormida não recuperarei mais… mas meus pensamentos bons SIM!

Um abraço bem forte,

Alê Gomiero

terça-feira, 6 de julho de 2010

O centro do Desafio


Hoje andando pela rua , onde fui resolver algumas burocracias cotidianas, me lembrei que quando era pequena eu adorava assistir no telejornal ou em qualquer programa de TV, imagens do centro da cidade, onde aquele bando de gente atravessava a rua ... eu ficava pensando que só podia me considerar uma pessoa (na época eu dizia ser do povo) se um dia eu também atravessasse aquela rua cheia de gente igualzinho na TV. Não demorou muito e eu estava lá, no centro da cidade, mais precisamente no Anhangabaú, atravessando aquela rua. Pra mim foi inesquecível, senti que eu era parte da cidade, como se fosse de fato “alguém”. Tinha assim me tornado uma pessoa. Isso me fez querer mais, quis aprender os nomes das ruas, aprender a andar por elas sem me perder, pois uma vez ouvi minha avó dizendo aos meus primos, que quando se aprende à andar no centro da cidade, se aprende andar em qualquer lugar. Mas isso era uma coisa de meninos, por isso eu ouvi escondida. E fiquei com aquilo na cabeça. E transformei isso em desafio, no meu desafio particular. Não disse pra ninguém, mas conforme fui crescendo e saindo de casa sozinha ia para o centro da cidade só para andar pelas ruas e aprender seus caminhos. Consegui, entendi como funcionava o tal centro da cidade. E conforme os anos fui descobrindo que eu também possuía um “centro da cidade”, e que transitar por ele seria meu desafio particular pro resto da vida. Também entendi porque minha avó dizia ser uma “coisa de meninos” porque o desafio deles também seria eterno. Transitar pelas ruas, por nossas ruas seria ainda mais difícil. Continuei minha caminhada com um suspiro bem longo, com gosto de ontem , intensidade de hoje e vontade de amanhã. Isso é de fato um desafio particular....

Beijos Katia